quarta-feira, 1 de julho de 2009

Boca pra gritar grande,
pensamentos pra invadir os instantes,
leveza no calor do ego,
vontade que não acaba mais,
que segue não sei pra onde,
e vai, vai, vai,
num para em lugar nenhum,
não me deixa chegar calma, devagar, tranquila...
Boca pra engolir tudo, boca pra não engolir, pra bitocar, bitocar,
igual mão feita pra tatear.
Presença que desconcentra na hora errada. Desvio.
Desconcentração, desconcentração, desconcentração,
nada de gente concentrada. O pessoal tem falado isso por aí.
Todo mundo leva ao pé da letra, direitinho e desconcentra.
Longe, nada de gente perto, mas gente perto também dá coisa esquisita,
uma sensação assim meio surrealista, sensação que atravessa, que dá vontade
de corpo, dá vontade de boca, de palavra, de mãos, de cheiro, de violão tocado e comida preparada.
Vida e boca tem tudo a ver uma com a outra. Num Tom bem polissemiótico, Zé.