quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Uma vez, em uma discussão sobre esquizoanálise, escutei que um fulano de tal tinha uma vida pobre de afetos. Na ocasião, a pessoa que incitava o tema, disse: O fulano parece ser atravessado por 5 afetos - tomar café da manhã, ir pro trabalho, voltar pra casa, tomar banho e dormir. Na hora eu fiquei pensativa e aquilo me pareceu uma grande novidade para minhas buscas intelectualóides em psicologia. Fiquei pensando em como era triste uma vida de poucos afetos - na concepção da esquizoanálise. Hoje me deparei com a sensação de estar vivendo mais ou menos em torno de 2 ou 3 afetos a mais que esse tal fulano. Incluo o cigarrinho pós café, a olhadinha no facebook, a cervejinha pós trabalho, a comida tarde da noite e o acostumado (eu sei, mas não devia) desespero cotidiano de se dar conta disso.