Eu não sei de nada mesmo, isso é muito verdade.
Já reparou que o corpo dá gente toma umas decisões sozinho?
Parece que já fazem 12 meses que meu corpo está se preparando...
Ando meio inquieta, fantasiosa, meio triste, angustiada, estranha.
De saco cheio também, de mim, de pessoas xananãns com seus perepepês.
Sabe quando você se sente assim meio sem lugar, com uma solidão de quem já viveu 200 anos?
Meu corpo podia conversar um pouco comigo, me dizer do que ele já sabe, me ajudar a entender, e mais ainda, a ter coragem de decidir...
e se eu for por aí tocando tchiki tchiki de palya bela no violão?
Quantos de vocês vão me amar? Quantos de vocês vão me esquecer? Quantos de vocês vão se lembrar de mim?
E seu eu me esconder num tesão extraordinário à minha existência rebelde e por acaso vocês me encontrarem amando um estranho qualquer?
Seria no mínimo engraçado não é mesmo?
E se virar o ano e eu continuar desse mesmo jeito?
E eu continuar a chorar pelas manhãs durante o tempo de cada cigarro que acompanha o meu voyerismo tecnológico...
Um comentário:
Também tenho a solidão de quem viveu 200 anos. E também choro durante o tempo de um cigarro, mas o meu é à madrugada, e não às manhãs.
É que lembrar-se de ser mulher é permitir-se chorar por esse delito. E chorar também para esvaziar-se de tudo, refazer-se, recompor-se, i la nave va.
Com meu carinho.
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